LGPD: O que você precisa saber para estar de acordo com essa nova lei

LGPD: O que você precisa saber para estar de acordo com essa nova lei

O surgimento da LGPD é reflexo do novo comportamento do consumidor brasileiro. Isso porque, à medida que ele vai ficando mais conectado, existe a necessidade de regulamentar o ambiente digital. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, portanto, consiste em um conjunto de normas para proteger os dados do internauta. 

Motivada pelo aumento de ataques cibernéticos, a lei, visando manter a privacidade do consumidor digital, exigirá que todos que atuam na internet se adaptem. Sendo que, aqueles que estiverem em desacordo, estarão sujeitos a punições financeiras e de autuação.

Empresas, independentemente do tamanho, terão até agosto de 2020 para adaptar às novas condições estabelecidas para LGPD. Nesse cenário, a segurança da informação passa a ser um investimento ainda maior. Continue lendo este artigo para saber mais sobre essa lei, bem como para adaptar-se a ela.

O que é LGPD?

A LGPD é um conjunto de normas que prioriza a segurança da informação, pois, quando a privacidade dos usuários é mantida, evita-se qualquer dano à integridade física, financeira ou moral. Por isso, a lei define três pilares que devem ser seguidos por todas as companhias na internet. São eles:

  • Confiabilidade: Os usuários devem ter consciência que seus dados estão sendo captados. Além disso, não podem, em hipótese alguma, estar expostos a riscos;
  • Integridade: O banco de dados deve permanecer correto e atualizado. O usuário, portanto, deve poder excluir ou modificar informações inseridas anteriormente;
  • Disponibilidade: Caso solicitadas, as informações coletadas devem ser disponibilizadas.

A nova lei, sancionada em 2018, surgiu no Senado com o objetivo de aumentar a transparência entre empresas e consumidores. Dessa forma, preocupada com a integridade da população, o Estado criou uma motivação a mais para que todos investissem em segurança da informação. 

Além da perda de credibilidade, as empresas terão outros bons motivos para se adequar à LGPD. De acordo com fórum econômico mundial, o prejuízo anual com ataques cibernéticos supera US$ 8 trilhões. Fora isso, a empresa que descumprir as normas também estará sujeita às seguintes punições:

  1. Proibição total ou parcial das atividades relacionadas a armazenamento e tratamento de informações;
  2. Multas que podem corresponder até 2% do faturamento anual ou congelamento de R$ 50 milhões por infração cometida.

Caso haja vazamento massivo de informações, os dados de cada indivíduo podem corresponder a R$ 50 milhões. A rigorosidade da nova regulamentação, portanto, mostra a importância de se regularizar o quanto antes. Veja agora como manter a segurança das informações a fim de regularizar-se com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

Como preparar-se para LGPD?

A tecnologia veio para mudar o mercado e a maneira como nos comunicamos com o consumidor. Na internet, qualquer empresa tem acesso a facilidades antes inexistentes. Contudo, esse novo ambiente também trouxe mais poder aos hackers. Estima-se, por exemplo, que uma grande companhia enfrente centenas de ataques mensalmente.

Diante desse cenário, cibersegurança é uma pauta discutida a nível global. Uma pesquisa feita pela Gartner mostrou que mais da metade dos varejos em todo o mundo investirão em sistemas anti fraude nos próximos anos. 

A segurança da informação, portanto, é um investimento cada vez necessário para as companhias. Hoje, proteger seus dados dentro de um mercado ainda despreparado é uma grande vantagem competitiva. Além de evitar perdas financeiras, estará mantendo a credibilidade com consumidores e parceiros.

Enfim, manter segurança do seu banco de dados é uma tendência mundial, a LGPD só é uma motivação a mais para acelerar esse processo. Confira alguns métodos para implementar em sua empresa. 

Atualize softwares e aplicativos

Desenvolvedores atualizam seus softwares periodicamente para garantir satisfação do usuário. Dessa forma, a atualização do sistema de segurança da plataforma também é prioridade. 

Se você utiliza ferramentas e aplicativos de terceiros fique atento a essas mudanças. Programas desatualizados estão mais vulneráveis aos ataques cibernéticos. Ou seja, nunca deixe de utilizar softwares na versão atual.

O WordPress é o melhor exemplo disso. Sendo o CMS mais utilizado no mundo, ele faz constantes atualizações em seu código a fim de aumentar a segurança. Caso você possua um site ou blog em WordPress, fique atento às novas versões. 

Defina uma política de segurança interna

Quando desinformados, seus próprio colabores, podem ser a porta de entrada para hackers e ataques cibernéticos. A política de segurança, portanto, garante que todos na sua empresa estejam conscientes e preparados para futuras fraudes.

A política de segurança interna deve ser um conjunto de normas simples para ser respeitado por todos. Se você ainda não possui uma, basta listar uma série de condutas a serem seguidas no cotidiano e em casos extremos. Caso você já possua, vale a pena repassá-la entre seus funcionários.

Prepare seus colaboradores

Somente criar uma política interna pode não ser o suficiente para evitar ciberataques. Isso porque, além de listar normas, muitas vezes é necessário apresentá-las na prática. Nesse sentido, nada melhor que separar um dia para treinar seus colabores sobre o assunto. 

Mostre aos colabores as melhores práticas ao utilizar as ferramentas. Afinal, isso ajudará na familiarização com o software e também evitará ações que poucos sabiam que poderia prejudicar a empresa. 

Parar para treinamentos está longe de ser uma perda de produtividade. Isso porque eles evitarão riscos desnecessários, capazes de trazer grandes complicações à corporação. 

Limite o uso da internet

Mais importante do que impedir os funcionários, por meio das políticas, é bloquear ações indevidas. Nesse sentido, cabe ao TI limitar o uso pessoal da internet. Funcionários com livre acesso podem entrar em sites duvidosos – válvulas de escape perfeitas para os vírus. 

Mesmo que não haja a intenção, erros acontecem. Por isso é melhor cortar o mal pela raiz. O simples ato de permitir acessos ao e-mail pessoal deixará a segurança da informação vulnerável. Esse tipo de contaminação, apesar de silenciosa, é igualmente prejudicial. 

Gerencie informações

Bem como favorecer a organização da empresa, facilitando a distribuição de atividades por equipe, o ERP pode ser fundamental na segurança. Afinal, esses softwares são capazes de limitar o acesso para os responsáveis por cada função. 

Por meio dos ERPs, gestores são capazes de delegar o acesso às pessoas e equipes certas, diminuindo equívocos e, consequentemente, vazamento de dados. 

Utilize ferramentas de monitoramento

Outra ferramenta que pode ser adotada pela equipe de TI, a fim de aumentar a prevenção de ataques, é a de monitoramento de ações. Observando a movimentação dos seus consumidores é uma ótima maneira de identificar comportamentos suspeitos. Evitando, assim, vulnerabilidade. 

Crie uma rotina de backup

Backups são simples de se fazer e são capazes de otimizar toda a organização e segurança da informação. Afinal, uma vez perdidos os dados, essas cópias de segurança podem ser o último recurso para recorrer.

Portanto, a última dica é bem simples. Crie mais de uma cópia, armazene em locais diferentes e faça testes de recuperação para, enfim, estar de acordo com as normas da LGPD.

Prepare-se para a LGPD

Com essa nova lei cada vez mais próxima de entrar em vigor, você precisa começar a se mexer. Afinal, a LGPD não se trata apenas de uma regulamentação que pode trazer punições pontuais.

É bem verdade que, para cada infração cometida, os prejuízos podem ser enormes, tanto financeiramente quanto nas limitações nas áreas de atuação da sua empresa. Entretanto, os riscos não param por aí, o vazamento de dados pessoais dos seus consumidores pode afetar a continuidade da sua empresa.

Hoje, em um mercado cada vez mais concorrido, onde confiança entre marca e público é fundamental, quebrá-la pode desestruturar seu negócio. Fique atento à LGPD, portanto, não apenas para estar de acordo com a nova legislação, mas para manter uma boa relação com seus principais ativos – os consumidores. Não vale a pena arriscas, pois, se até o Facebook balançou quando vazou informações, imagine o que seriam de outras companhias.

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